Apoio Rojava

ALEPPO – Confrontos eclodiram na quinta-feira entre as forças curdas da Unidade de Proteção dos Povos (YPG) e combatentes islâmicos na cidade de Aleppo, no norte da Síria.

Os confrontos começaram depois que soldados islâmicos do Movimento Ahrar al-Sham e da Frente al-Nusra [ramo da al-Qaeda na Síria] tentou infiltrar-se no distrito curdo de Sheikh Maqsoud, protegido pelo YPG, em Aleppo.

“Nove islamitas foram mortos nos confrontos, onde o YPG repeliu sua tentativa de invadir o distrito curdo de Sheikh Maqsoud. Além disso, quatorze outros foram feridos e levados como reféns por nossas unidades”, disse o porta-voz do YPG, Hassan Jammo, ao ARA News em Aleppo.

Por outro lado, pelo menos dois combatentes do YPG e cinco civis ficaram feridos nos confrontos.

“Al-Nusra e Ahrar al-Sham começaram sua ofensiva disparando morteiros em edifícios residenciais de Sheikh Maqsoud e depois tentaram infiltrar-se no distrito pelo eixo leste, mas nossos combatentes responderam disparando com armamento pesado. Os grupos extremistas foram forçados a se retirar”, acrescentou o oficial curdo.

Crise humanitária
Organizações curdas tem chamado as agências das Nações Unidas a fornecer ajuda humanitária ao distrito de Sheikh Maqsoud em Alepo, que tem estado há meses sob o cerco de rebeldes islamitas sírios.
Pelo menos 150 civis foram mortos e outros 1.100 ficaram feridos no distrito curdo de Sheikh Maqsoud em Aleppo sob o bombardeio pelos rebeldes islâmicos, liderados pela Frente Nusra filiada à Al–Qaeda e pelo Movimento Islâmico do Ahrar al-Sham.

“Nós estamos em necessidade urgente de ajuda humanitária, as pessoas estão enfrentando o perigo de morrer de fome. Nós estamos sofrendo grande escassez de suprimentos básicos, como alimentos e medicamentos”, disse o ativista de direitos humanos Ali al-Ahmed ao ARA News em Aleppo.

“As Nações Unidas devem agir e salvar esses civis que vem sofrendo muito sob a bárbara campanha militar dos extremistas islâmicos”, disse ele.
O ramo da Al-Qaeda na Síria da Frente Nusra, o Movimento Islâmico de Ahrar al-Sham e outras facções islâmicas tem continuamente bombardeado o distrito curdo desde fevereiro.

Sheikh Maqsoud está sitiada há meses, enquanto as forças curdas do YPG vem tentando repelir os islamistas.

Um porta-voz das forças curdas da Unidade de Proteção dos Povos (YPG) – que está no controle de Sheikh Maqsoud – disse ao ARA News que o bombardeio em Sheikh Maqsoud causou a destruição em massa de infra-estruturas, edifícios residenciais e outras instalações no distrito.

A Anistia Internacional emitiu recentemente um relatório em relação aos acontecimentos no distrito curdo, dizendo: “Os grupos armados que cercam o distrito de Sheikh Maqsoud da cidade de Aleppo tem repetidamente realizado ataques indiscriminados que atingiram casas de civis, ruas, mercados e mesquitas, matando e ferindo civis e mostrando um desrespeito vergonhoso para com a vida humana”.

De acordo com fontes locais, 35,000-40,000 civis ainda estão vivendo em Sheikh Maqsoud, onde sofrem com a ausência de muitos serviços, como resultado do bloqueio imposto pelos grupos extremistas islâmicos em seu distrito.

Falando ao ARA News, Luqman Ismail, um dos cidadãos confinados em Sheikh Maqsoud, disse que queda de energia elétrica continua por quase três anos por causa do bárbaro bombardeio liderado pelos extremistas islâmicos à principal rede de energia fora do distrito.

“Estes grupos são, aparentemente, punindo o povo de Sheikh Maqsoud por seu apoio À Unidade de Proteção dos Povos (YPG), que estão envolvidos em combates contra os extremistas islâmicos ao redor da cidade de Aleppo”, disse ele.

Reportagem de: Shero Darwish

Fonte: ARA News

Tradução: CLAR

KOBANE – O Partido Democrático do Povo (HDP) pró-curdos pediu ao governo turco para parar a demolição de áreas curdas no sudeste da Turquia.

“Como parte de uma política de guerra maior, toques de recolher (round-the-clock curfews) ainda estão em curso nas províncias curdas, apesar de sua ilegalidade. Até agora, centenas de civis perderam suas vidas durante os meses do toque de recolher na cidade de Şırnak e em 22 outros distritos”, disse a liderança do HDP em uma declaração pública na quinta-feira.

“Embora as autoridades governamentais anunciaram o fim de confrontos armados em Sirnak, Nusaybin e Sur, a demolição está ainda em curso. Estes distritos estão sendo demolidos com tratores e escavadeiras”, o HDP acrescentou.

O partido disse que o toque de recolher continuou em Yuksekova, a cidade que foi destruída nos combates entre as forças governamentais turcas e os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Centenas de civis foram mortos nos combates e nos sítios feitos pelo exército turco nas cidades curdas de Sirnak, Nusaybin e Sur.

“Os toques de recolher em curso, os bloqueios e a destruição nas cidades curdas devem ser imediatamente interrompidos. E todos os obstáculos que impedem os moradores de regressar em segurança as suas casas devem ser removidos”, disseram os co-presidentes do HDP Figen Yüksekdağ & Selahattin Demirtaş em um comunicado.]

De acordo com a jornalista turca Hurriyet, Aha Özyurt, o governo turco começou com a deportação em massa de civis de Sur.

“O governo AKP deportou oficialmente os cidadãos de Sur para fora de suas casas sem absolutamente nenhuma maneira de retornarem”, escreveu ela na quarta-feira.

“Este procedimento é uma versão moderna “copia e cola” do” Plano de Reforma do Oriente” da década de 1920 e do pós-levantes de Dersim. O governo do AKP, em troca, está comprometendo-se em criar um “Sur à la 2016″ por meio do gasto de quase 7,5 milhões de liras turcas. Tudo isto iria para os bolsos das empresas de construção e dos subcontratados pró-governo, para criar um esquema de financiamento para a próxima eleição”, acrescentou Özyurt.

Reportagem de: Wladimir van Wilgenburg

Fonte: ARA Notícias

Tradução: CLAR

Forças especiais dos EUA na Síria usando insígnia do YPG

KOBANE – oficiais curdos sírios rejeitaram declarações do regime sírio condenando a presença de forças especiais ocidentais assistindo as Forças Democráticas da Síria (SDF) no norte da Síria.

O governo sírio considera a presença de forças especiais estrangeiras no norte da Síria como uma violação dos princípios da Carta das Nações Unidas e uma “ostensiva agressão injustificada à soberania e independência da Síria”, disse a agência de notícias pró-regime SANA na quarta-feira. O regime sírio diz que estes soldados devem trabalhar com o “governo legítimo da Síria, cujo exército e as pessoas estão lutando contra o terrorismo”.

Além disso, o regime sírio acusou os países que apoiam as forças SDF de serem “o principal suporte ao terrorismo” e de “darem legitimidade a alguns grupos terroristas”, descrevendo-os como grupos moderados.

“Quando o ISIS entrou em nossa região, matou civis e destruiu centenas de aldeias, o regime não fez nada para nos proteger. Não vemos o regime como uma autoridade legal e não consideramos as suas preocupações sobre as forças especiais francesas ou americanas,” disse Ibrahim Kurdo, o representante das Relações Exteriores da Kobane.

“Eles destruíram muitas províncias na Síria e deixaram o povo sírio desabrigado, destruíram a Síria de Damasco até a nossa região. Como podemos dar ao regime sírio qualquer legitimidade?”, disse Kurdo ao ARA News.

“Estamos aliados com as forças da coalizão ocidental e continuamos a nossa campanha contra o terrorismo, e nós não ligamos para o regime. Estamos aqui para servir o nosso povo”, acrescentou.

Falando à ARA News, o analista curdo e oficial senior reformado na administração de Rojava, Idris Nassan, disse: “O regime ainda pensa que eles controlam os territórios sírios e que qualquer um que vem para a Síria deve pedir sua permissão. Mas a realidade é que existem alguns componentes que estão protegendo suas vilas e cidades contra a mais perigosa organização terrorista [ISIS]. Portanto, a comunidade internacional tenta ajudar estas forças a derrotar o terrorismo dentro da Síria para proteger suas sociedades dentro de seus países.”

No ano passado, o regime sírio também condenou a visita do ex-ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, e do ex-diplomata americano Peter Galbraith, que se encontrou com líderes curdos sírios e entrou na Síria sem visto.

O governo sírio está cada vez mais preocupado com o apoio ocidental às Forças Democráticas da Síria (SDF) que lutam contra o Estado islâmico (ISIS).

As forças do SDF tornaram-se uma das forças mais eficazes para combater o ISIS e são apoiados por ataques aéreos da coalizão ocidental e pelas Forças Especiais como conselheiros em campo. O número de países que apoiam o SDF com conselheiros em campo aumentou recentemente, de acordo com fontes militares.

Reportagem de: Wladimir van Wilgenburg

Fonte: ARA News

Tradução: CLAR

O governo Iraniano, assim como o Turco, está atacando áreas de assentamento curdo na região curda do Irã chamada #Rojhelat . Nas fotos, a vila de Qereseqeli totalmente destruida depois de um bombardeio.

Isso não é Síria ou Iraque. Essa é a cidade curda de #Sirnak após o ataque do exército da Turquia de Erdogan. E na cidade de #Nusaybin, após 94 dias de toque de recolher militar, o exército turco destroi a infraestrutura da cidade e queima vastos campos de plantações.

Terrorista do ISIS capturado vivo em Manbij pelo SDF tem suas feridas tratadas. Humanidade foi o que Abu Leyla pensou para o SDF.

Fonte:International brigade of Rojava

Tradução: CLAR

Os quatro cantões do Curdistão e seus nomes em curdo. Bakûr, Curdistão turco; Başûr, Curdistão iraquiano; Rojhelat, Curdistão iraniano e Rojava, Curdistão sírio.

Dia 14/06 a primeira combatente curda do YPJ perdeu sua vida no fronte de Manbij combatendo o Isis.

Manbij – com suporte dos Estados Unidos, o Forças Democráticas da Síria (SDF) anunciou na sexta-feira que pelo menos 400 soldados do Estado Islâmico (ISIS) foram mortos desde o início da campanha militar em curso, que destina-se a libertar Manbij do ISIS.

Na operação em curso, lançada em 31 de maio, o SDF conduzida pelos curdos e aliada ao Conselho Militar de Manbij retomaram cerca de 90 aldeias e fazendas na zona rural de Manbij.

Você invade minha terra
Proibe minha língua
Proibe minhas cores
Bombardeia minha casa
Queima meu vilarejo
Mata meus filhos e nega a minha própria existência
E depois você me chama de terrorista por lutar contra isso?
– Combatente curda de Rojava