Greve de fome em Rojava pelo líder curdo Öcalan

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Outra greve de fome para exigir o fim do isolamento do líder curdo Abdullah Öcalan começou em Rojava (norte da Síria), em 7 de setembro.

A mais recente greve de fome segue as greves de fome indefinidas, que começaram na cidade francesa de Estrasburgo, em 23 de agosto, e Diyarbakir (Amed), em 5 de setembro.

Os participantes da greve de fome, que durará 7 dias, são do Conselho do bairro de Qamishli e membros de organizações da sociedade civil. Muitos habitantes locais, incluindo os membros do Conselho de Famílias dos Mártiris do Cantão Jazira e membros do Conselho de Qamishli juntaram-se ao primeiro dia da greve.

Começando a greve de fome, grevistas abriram bandeiras com dizeres “Liberdade para Ocalan” em várias línguas, ao lado de cartazes do líder curdo preso, do qual não se tem notícias desde 4 de abril de 2015.

Falando no lançamento da greve de fome, uma integrante do Kongreya Star (Congresso feminino), Welîde Botî, disse, “Nós estamos condenando o isolamento de nosso líder Ocalan com o protesto que começamos hoje. Estamos fazendo uma chamada para o governo Turco; eles não podem quebrar a nossa vontade. Também condenamos potências internacionais que estão em silêncio sobre as políticas da Turquia contra os curdos,”.

Membro do Movimentos da Sociedade Democrática (PEV-DEM), Bedran Çiya Kürd, disse, “Condeno veementemente o isolamento que está sendo imposto sobre Ocalan. Nós não somos impotentes contra a política suja do Estado turco. Não agiremos como se estivessemos indefesos. Dizemos ao governo Turco; você começou essa guerra, mas nós vamos terminá-la. Porque nós somos os que estão certos e seremos bem sucedidos. Nós nunca desistiremos de nossos princípios”.

Prisioneiros políticos curdos nas prisões da Turquia também declararam que vão começar uma greve de fome por tempo indeterminado nos próximos dias. 35 prisioneiros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e do Partido da Vida Livre do Curdistão (PJAK) de 7 prisões começarão a greve de fome em 15 de setembro, disse um comunicado de imprensa. É esperado que o número de participantes aumente.

Uma greve de fome de 68 dias por prisioneiros políticos curdos e representantes no final de 2012 abriu o caminho para o ‘processo de paz’ entre 2013-2015. Comentaristas políticos curdos disseram que esta greve de fome também visa pressionar o governo do AKP turco a voltar com as negociações.

Fonte: Aryen News / ANF

Tradução: CLAR

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