HDP pede ao governo turco para parar a demolição de áreas curdas na Turquia.

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KOBANE – O Partido Democrático do Povo (HDP) pró-curdos pediu ao governo turco para parar a demolição de áreas curdas no sudeste da Turquia.

“Como parte de uma política de guerra maior, toques de recolher (round-the-clock curfews) ainda estão em curso nas províncias curdas, apesar de sua ilegalidade. Até agora, centenas de civis perderam suas vidas durante os meses do toque de recolher na cidade de Şırnak e em 22 outros distritos”, disse a liderança do HDP em uma declaração pública na quinta-feira.

“Embora as autoridades governamentais anunciaram o fim de confrontos armados em Sirnak, Nusaybin e Sur, a demolição está ainda em curso. Estes distritos estão sendo demolidos com tratores e escavadeiras”, o HDP acrescentou.

O partido disse que o toque de recolher continuou em Yuksekova, a cidade que foi destruída nos combates entre as forças governamentais turcas e os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Centenas de civis foram mortos nos combates e nos sítios feitos pelo exército turco nas cidades curdas de Sirnak, Nusaybin e Sur.

“Os toques de recolher em curso, os bloqueios e a destruição nas cidades curdas devem ser imediatamente interrompidos. E todos os obstáculos que impedem os moradores de regressar em segurança as suas casas devem ser removidos”, disseram os co-presidentes do HDP Figen Yüksekdağ & Selahattin Demirtaş em um comunicado.]

De acordo com a jornalista turca Hurriyet, Aha Özyurt, o governo turco começou com a deportação em massa de civis de Sur.

“O governo AKP deportou oficialmente os cidadãos de Sur para fora de suas casas sem absolutamente nenhuma maneira de retornarem”, escreveu ela na quarta-feira.

“Este procedimento é uma versão moderna “copia e cola” do” Plano de Reforma do Oriente” da década de 1920 e do pós-levantes de Dersim. O governo do AKP, em troca, está comprometendo-se em criar um “Sur à la 2016″ por meio do gasto de quase 7,5 milhões de liras turcas. Tudo isto iria para os bolsos das empresas de construção e dos subcontratados pró-governo, para criar um esquema de financiamento para a próxima eleição”, acrescentou Özyurt.


Reportagem de: Wladimir van Wilgenburg

Fonte: ARA Notícias

Tradução: CLAR

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